Começa nesta quinta-feira, 14, o julgamento dos dois primeiros réus da chacina cometida em São Domingos/SC no dia 12 de junho de 2016. Eles serão julgados em uma sessão do Tribunal do Júri da 1ª Vara Criminal de Chapecó/SC.
Devido à complexidade do processo, que tem sete réus acusados do assassinato de cinco pessoas, a ação penal foi dividida em três partes. Neste primeiro julgamento, de hoje, que pode durar mais de um dia, serão julgados os réus Olívio Flor e Douglas dos Santos da Silva.
Olívio Flor responde por cinco homicídios duplamente qualificados, tortura contra uma vítima e cinco crimes de ocultação de cadáver. Já Douglas da Silva é acusado de cinco homicídios duplamente qualificados e cinco crimes de ocultação de cadáver.
Os júris dos demais réus ainda não tem data marcada.
No fim de 2017, o Tribunal de Justiça de Santa Catarina determinou a transferência do caso da comarca de São Domingos para Chapecó. O pedido foi feito pelos advogados de defesa de um dos réus e atendido pelo TJSC. Entre as justificativas para o Desaforamento (processo de transferência de comarca) está o fato de São Domingos ser uma comarca pequena onde o crime causou grande comoção, o que poderia comprometer a imparcialidade dos jurados ou ainda que alguns deles poderiam ser intimidados.
O processo tem ao todo sete réus. Eles respondem por cinco homicídios qualificados e ocultação de cadáver e três réus respondem também por crimes de tortura e um deles é acusado de furto do aparelho celular de uma das vítimas.
O crime ocorreu no dia 12 de junho de 2016. Cinco pessoas foram assassinadas e tiveram os corpos carbonizados. As vítimas, entre elas um adolescente, foram encontradas dentro de um carro incendiado e abandonado em uma área rural da cidade.
Os assassinatos foram cometidos dentro de uma boate e depois as vítimas foram colocadas no carro que foi incendiado. Conforme a denúncia, os sete réus são acusados de terem torturado um homem que estava no estabelecimento, e que seria suspeito de matar o tio de dois dos réus. Outros quatro frequentadores do estabelecimento, que não tinham nenhuma relação com o fato, foram mantidos amarrados enquanto a primeira vítima era torturada. Na sequência, os cinco foram assassinados a tiros, e depois incendiados.
Fonte: Peperi